Somos todos preguiçosos. Comprovadamente. Biologicamente, estamos submetidos à Estase, situação em que uma espécie estabilizada tende a ter dificuldades de sair da inércia genética.Podemos observar esta tendência à situação desde a nossa rotina matinal até o momento em que vamos dormir: o ser humano é uma criatura de hábitos. Como se explica, então, tudo o que inventamos e continuamos a inventar?Simples. A capacidade de nos maravilharmos com algo a tal ponto que a inércia genética é vencida e, a partir daí, nada mais nos detém. O grande problema é que, às vezes, aquilo que tem o potencial de nos mesmerizar é de difícil compreensão e, sendo novo e necessitando um esforço ainda maior para vencer nossa inércia atávica, optamos simplesmente pela ignorância.A grande sacada, por parte de quem propõe a novidade, é encontrar o fator UAU.É exatamente isso que eu vou tentar fazer.Sabe a Economia? É... a mola mestra do mundo, o que faz girar os mercados, o que te dá a possibilidade de ficar milionário? Muito bem. Dentro da nossa lógica civilizatória absolutamente dicotômica, desde Adam Smith, a Economia gera Deseconomias.É quando a COVID19 se impõe em nossa realidade.Mas ... e se a catástrofe que a doença vem representando para o sistema financeiro permitisse uma mudança radical de paradigma, com a possibilidade de se criar um mercado totalmente novo e estimulante, baseado na negociação de deseconomias?UAU...Ganhei tua atenção? Você estaria disposto a sair da inércia genética para compreender minha proposta? Ela é um pouco complexa a princípio, mas só porque trata de uma abordagem totalmente heterodoxa.Como coloquei anteriormente, desde Adam Smith coexistem os conceitos de Economia e Deseconomia. Sendo a Economia tudo o que é produtivo, contabilizável, compreensível e transformável, em última instância, em dinheiro A Economia é solar, é Yang. A Deseconomia, que seriam os custos intangíveis oriundos dos ciclos produtivos, sempre foi o lado imaterial, incompreensível e, portanto incontabilizável do processo econômico. A Deseconomia é lunar, é Yin.Mas, se sol e lua coexistem em nossa realidade, cabendo a cada um suas vantagens e desvantagens, por que não explorarmos também a Deseconomia? Até agora, só não o fizemos porque não conseguimos tangibilizá-la.Evidentemente, ao focarmos o ciclo produtivo dentro do cenário “realidade”, contamos com tantas variáveis que só podemos tratar suas deseconomias como algo abstrato, de impossível contabilização.A verdade, é que há setecentos anos não mudamos nossos conceitos econômicos e estamos tão acostumados a eles, que não nos damos mais conta de que a aplicabilidade deles só é possível porque trabalhamos com cenários.Voltemos então à Deseconomia. À mina de ouro no teu quintal, sua exploração econômica e os valores de sua deseconomia.Você percebe que eu consigo tangibilizar esta deseconomia ao te perguntar: “O valor desta deseconomia em que cenário?”A partir desta simples pergunta, igualamos a tangibilização de nossos valores econômicos aos deseconômicos, pois temos todos os parâmetros do cenário para dar sentido e criar valor a esta deseconomia.Vamos adicionar COVID19 na contabilização de Deseconomias. Começando com uma metodologia onde todo o dinheiro investido no combate à doença é adequado a um “Documento de Concepção do Projeto - DCP” para remoção dessa deseconomia. Esses DCPs gerariam créditos ecológicos relacionados à preservação da vida que, por meio de uma blockchain, seriam transformados em criptomoeda.UAU?